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Marketing de Guerrilha: a criatividade em estado puro.

  • Foto do escritor: Luís Silva e Sousa
    Luís Silva e Sousa
  • 1 de ago.
  • 2 min de leitura
marketing de guerrilha de uma clínica dentária, numa pista de bowling.

Num mercado onde a atenção do público é disputada segundo a segundo, destacar-se pode parecer tarefa exclusiva das grandes marcas com orçamentos milionários.


Mas e se lhe disséssemos que há uma forma de causar impacto real com poucos recursos? É aqui que entra o marketing de guerrilha — uma abordagem criativa, ousada e acessível, pensada especialmente para pequenas ou médias empresas que querem fazer "barulho" sem gastar uma fortuna.


O termo surgiu nos anos 1980, criado por Jay Conrad Levinson, que viu nas táticas de guerrilha militar (ações rápidas, inesperadas e eficazes) uma inspiração para os negócios com menos poder financeiro. A sua ideia era simples, mas poderosa: se não podes competir em investimento, compete em criatividade.


Ao contrário da publicidade tradicional, o marketing de guerrilha não depende de anúncios pagos, outdoors ou spots televisivos. Em vez disso, aposta em ações inesperadas, originais e memoráveis, que criam uma ligação emocional com o público e, idealmente, geram partilhas espontâneas. É uma forma de fazer com que as pessoas falem sobre a marca — seja na rua ou nas redes sociais.


Uma padaria artesanal em Paris, sem verba para grandes campanhas, decidiu apostar no mais poderoso dos sentidos: o olfato. Durante a manhã — horário de maior movimento — instalou discretamente ventoinhas direccionadas para a rua, que espalhavam o cheiro de pão e croissants acabados de sair do forno para os transeuntes.

A ação foi tão eficaz que várias pessoas pararam, seguiram o aroma e descobriram o espaço pela primeira vez. Para reforçar, colocaram uma pequena placa à porta a dizer:“Seguiste o cheiro? Acabaste de encontrar o teu novo pequeno-almoço.”


Este exemplo mostra como um detalhe sensorial bem explorado pode ser tão ou mais eficaz do que uma campanha paga. É guerrilha na sua forma mais pura: surpreendente, económica e centrada na experiência.


Para negócios locais ou marcas em fase de crescimento, o marketing de guerrilha pode tomar várias formas: desde ações de rua criativas, intervenções artísticas em pontos estratégicos, até campanhas simples que envolvam a comunidade local de forma inesperada. Um restaurante pode deixar mensagens misteriosas em pacotes de entrega. Uma loja pode transformar a sua montra num pequeno espetáculo visual. Um café pode oferecer algo simbólico num momento inesperado. O importante é sair do óbvio e deixar uma marca.


Esta estratégia é especialmente eficaz quando o objetivo é gerar notoriedade, lançar um produto ou simplesmente reforçar a identidade da marca ou empresa. E não é preciso muito dinheiro — apenas uma boa ideia, execução cuidadosa e coragem para arriscar.


Para as pequenas e médias empresas, o marketing de guerrilha é mais do que uma alternativa: é uma vantagem estratégica. Num mundo de ruído constante, quem surpreende, emociona e sai do padrão tem muito mais hipóteses de ser lembrado.




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